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Websummit 2020 e quais seus ensinamentos para a área da saúde

Setenta mil pessoas estiveram em Lisboa no último mês para o Websummit, o maior evento de tecnologia e inovação da Europa, discutindo temas importantes para o nosso presente e futuro, como a automação do automóvel e seus efeitos em nossa sociedade, qual o futuro da energia do mundo e como não poderia faltar, é claro, o que 5G poderá mudar em nossas relações.

Em meio a debates e análises sobre o futuro de maneira mais ampla, o evento dedicou grande parte do seu último dia a área da saúde, apresentando soluções, ferramentas e plataformas que podem auxiliar tanto o profissional de maneira individualizada, quanto ao setor inteiro. A seguir irei destacar os três pontos que mais me chamaram a atenção:

  •       5G está chegando e a mudança será Grande – O Presidente da Huawei, Guo Ping, disse em sua famigerada apresentação na abertura do evento, que juntamente com a área de automação, Saúde será o setor que o 5G faria suas maiores contribuições. Embora ainda não exista nada de muito concreto em relação aos seus efeitos, uma internet com velocidade aproximadamente 45 vezes mais rápida que o atual 4G muda por completo questões logísticas e financeiras da saúde, uma vez que sob essa velocidade e a falta de latência que ela proporciona, será possível deixar o atendimento e até mesmo a cirurgia remota num patamar muito similar ao presencial. Por esta razão, os custos totais em emergências e resgates e até mesmo de internações poderão reduzir drasticamente, mudando também a experiência do paciente, já que por melhor que esteja a hotelaria hospitalar no Brasil, estar em casa em um momento de maior debilidade é sempre uma vantagem importante. Não é por acaso que o paciente sempre quer receber alta o mais rápido possível.
  •       Ferramentas que auxiliam na geração de pacientes – Num mercado em que cada vez mais médicos se formam, onde encontrar um diferencial e um modo de realizar comunicação é vital, o Websummit apresentou uma série de soluções de baixo custo que podem auxiliar a vida do médico em gestão de marketing e CRM. Dentre as diversas ferramentas destaco a Pitch121, que permite que você crie um relacionamento e dá insumos sobre conteúdo para a gestão de redes sociais como o Linkedin e o Instagram, auxiliando na assertividade da publicação a ser produzida e consequentemente fazendo com que o engajamento cresça. Também chamou atenção as inúmeras plataformas que permitem a produção de vídeos, fotos, Gifs a um custo consideravelmente mais barato comparado a contratação de Free Lancers, ou agências especializadas. A ampliação destes serviços pode aumentar a autonomia do profissional da saúde na gestão de marketing, além do fato de que a redução de custo e facilidade na elaboração de demanda permita com que mais e mais médicos se aventurem em criarem estratégias de comunicação.
  •       Telemedicina já é uma realidade – De acordo com dados apresentados pela Delloite no Summit, 25% dos consumidores americanos do setor de saúde já fizeram alguma consulta via telemedicina, ou seja, o que aqui ainda estamos em um sem fim de regulamentações/revogações já é uma realidade lá fora e projeta ser um mercado de US$130 bilhões de dólares até 2025. Para aqueles que acreditam que isso é uma ameaça para a receita do profissional da área da saúde, eu lhes convido a enxergarem o lado meio cheio deste copo: Ao permitir o uso da telemedicina, será possível ampliar massivamente a área de atuação da prática médica, podendo fazer consultas em pessoas de todo o país, além de melhorar as estratégias de medicina integrativa e preventiva. Num país onde a concentração de médicos e instalações em uma região é gritante, Telehealth pode se tornar uma ferramenta crucial para a melhora da saúde em todo o território.

De forma geral, o Summit corrobora com a ideia que é preciso mudar a maneira de atuar no setor de saúde do país, onde a evolução da área não deixará de acontecer, independentemente de haver impedimentos do CRM/CFM, questionamentos de colegas de profissão ou receio de tornar sua prática em algo mercantilista.

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